Lição 12 - O espírito humano e o Espírito de Deus - EBD CPAD 2025 4º Trimestre

 


A Palavra de Deus nos revela a profunda comunhão entre o espírito humano e o Espírito de Deus. Através de fundamentos bíblicos e da experiência pentecostal, podemos contemplar como o Espírito Santo desperta, guia, edifica e frutifica na vida do crente. 




TEXTO ÁUREO
“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”


VERDADE PRÁTICA
Além do seu testemunho em nosso espírito, o Espírito Santo age no íntimo de nosso ser intercedendo, edificando e produzindo o seu fruto.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 8.14-16; 1 Coríntios 14.14; Gálatas 5.22,23

Romanos 8
14 - Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
16 - O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
1 Coríntios 14
14 - Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto.
Gálatas 5
22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 - Contra essas coisas não há lei.


INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos alguns aspectos da obra do Espírito Santo no espírito humano. Trataremos do despertar da consciência, da fé, do ensino em toda a verdade, da intercessão, da edificação pelo orar em línguas e do fruto do Espírito. Veremos como o Espírito de Deus é imprescindível para uma vida espiritual autêntica e frutífera.


I – A OBRA INICIAL DO ESPÍRITO

1. Consciência e fé.
A ação do Espírito Santo começa em nossa consciência, despertando-a da culpa pelo pecado, e apontando a necessidade de perdão. Jesus falou sobre essa obra de convencimento: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo” (Jo 16.8). Ainda no espírito humano, o Espírito de Deus remove a incredulidade, produzindo fé mediante a Palavra (Rm 10.17; Ef 2.8), o que também atinge as faculdades da alma (Rm 10.9,10). Opera-se, então, a regeneração, o nascimento “da água e do Espírito” (Jo 3.5). O espírito que estava “morto” (separado de Deus) é vivificado; recebe uma nova vida, vinda de Deus (Ef 2.1). Esse novo homem, o homem espiritual, obtém uma mente renovada e passa a viver guiado pelo Espírito de Deus. Assim, a pessoa que ainda não foi transformada por Deus, ou seja, o homem natural, não consegue entender as coisas que vêm do Espírito de Deus. Para ela, essas coisas parecem sem sentido, como se fossem loucura. Isso acontece porque só é possível compreender essas verdades por meio da ação do Espírito (1 Co 2.14,15).

2. A pedagogia do Espírito.
A regeneração é o início de uma nova dimensão de vida. Uma nova vida, agora espiritual, em comunhão com o Espírito de Deus: “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (1 Co 2.12). Paulo refere-se ao papel pedagógico do Espírito, que nos ensina as coisas espirituais (2.13), como Jesus havia prometido: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26). Portanto, não podemos nos conformar com uma mente carnal, que pensa conforme os padrões deste mundo, cheio de vozes iníquas que querem nos influenciar, como filosofias, ideologias e “novas” teologias (Cl 2.8).

3. A renovação da mente.
Devemos viver em constante contato com o Espírito de Deus, para que, com uma mente sempre renovada, desfrutemos da sabedoria divina, imprescindível para nosso viver diário (Rm 12.2). Para isso, é fundamental uma vida de consagração total (Rm 12.1), da qual fazem parte a oração e a leitura das Escrituras, disciplinas espirituais das quais tratamos na lição anterior (Tg 1.5,6; Sl 119.105). Não há área de nossa vida acerca da qual o Espírito não tenha uma segura direção. Ele pode nos guiar em toda a verdade (Jo 16.13). Ouçamos o Espírito!

4. Voz e luz.
Quando tiramos tempo para ouvir o Espírito, Ele fala de muitas maneiras ao íntimo de nosso ser: traz sabedoria e revelação (Ef 1.17), esclarece questões duvidosas (At 15.28) e gera entendimento e paz (Rm 8.14). Ele — o Espírito de Deus — ilumina os olhos do nosso coração (Ef 1.18). Nesse texto, coração (kardia) significa “homem interior”. Portanto, a expressão de Paulo contempla o espírito humano, que, entrelaçado com a alma e inseparável dela, são esses “olhos” — o centro da percepção espiritual — através dos quais recebemos iluminação do Espírito para compreendermos as verdades divinas, fundamentais para esta vida e para a vida eterna: “para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Ef 1.18).

SINOPSE I
O Espírito Santo desperta a consciência, gera fé e renova a mente, ensinando e guiando o crente para uma vida espiritual.



II – TESTEMUNHO, INTERCESSÃO E EDIFICAÇÃO

1. O Espírito testifica ao espírito. Romanos 8 é riquíssimo quanto ao tema da função do espírito humano na comunicação com Deus. Tratando da vida do cristão — a vida no Espírito —, Paulo menciona a adoção espiritual, que é testificada pelo Espírito Santo ao espírito do crente regenerado: “O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16). Essa comunicação entre o Espírito de Deus e o espírito humano traz convicção e segurança em Cristo, o que somente pode ser compreendido por meio da fé. Por isso, Paulo orava pelos efésios, para que Cristo habitasse, pela fé, em seus corações e pudessem compreender e conhecer o amor de Cristo, “que excede todo o entendimento” (Ef 3.19).

2. O Espírito intercede.
Ainda em Romanos 8 vemos Paulo tratando de outra ação do Espírito de Deus junto ao espírito humano: a intercessão em nosso favor (vv.26,27). Essa ação permite que, muito além de nosso intelecto, haja uma profunda súplica diante do Pai, perfeitamente sintonizada com “a intenção do Espírito [...] que segundo Deus intercede pelos santos” (Rm 8.2,27). Isso nos lembra do ensino de Paulo aos Efésios, sobre a amplitude da ação divina em nosso favor, que não se limita ao que pedimos ou pensamos, mas é conforme a presença do Espírito em nós (Ef 3.20). O Senhor sempre nos surpreende com o seu extraordinário agir! Uma das razões disso, certamente, é a ação do Espírito no processo de intercessão. Ele prescruta nosso interior para muito além de nossa compreensão, agindo em nosso espírito. Como Salomão escreveu: “O espírito do ser humano é a lâmpada do Senhor, a qual examina o mais profundo do seu ser” (Pv 20.27– NAA).

SINOPSE II
O Espírito Santo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus e intercede em nosso favor de maneira profunda e além do nosso entendimento.


III - EDIFICAÇÃO E FRUTO DO ESPÍRITO

1. O espírito ora bem.
A ação do Espírito de Deus na esfera do espírito humano é vista também na Carta aos Coríntios, quando Paulo ensina sobre as línguas estranhas: “Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto” (1 Co 14.14). As línguas estranhas são articuladas segundo o Espírito de Deus (1 Co 12.7-11). Quando oramos em línguas, portanto, oramos segundo o Espírito. Esse processo de articulação espiritual atinge o perfeito propósito divino (“o meu espírito ora bem”). O espírito ora bem, mas nosso intelecto não compreende a mensagem. Mesmo assim somos edificados (1 Co 14.4). Paulo não apenas orava, mas também cantava em línguas (1 Co 14.15). Que desfrutemos mais desse extraordinário recurso de edificação espiritual, aperfeiçoando nosso espírito na comunhão do Espírito de Deus. Ainda que não entendamos com a mente, o nosso interior é fortalecido com poder.

2. O ápice da vida cristã.
Outra maravilhosa obra do Espírito Santo no crente é a produção das virtudes listadas por Paulo em Gálatas 5.22. Chamadas de fruto do Espírito, representam o ápice da vida cristã e envolvem nosso ser por inteiro. O espírito do convertido é santificado pelo Espírito de Deus dia após dia: “haveis sido santificados [...] pelo Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11). A obra do “Espírito de santificação” (Rm 1.4) vai progredindo e o crente passa, cada vez mais, a expressar amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (1 Co 12.31; 13.1-13). Isso é viver e andar no Espírito (Gl 5.25).

SINOPSE III
A oração em línguas edifica o espírito, e o Espírito Santo produz virtudes que representam o ápice da vida cristã, como amor, gozo e paz.


CONCLUSÃO
É Cristo quem proporciona essa profunda comunhão do espírito humano com o Espírito de Deus. Como Paulo afirma, “o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito” (1 Co 6.15-17). Por isso, não nos enganemos: quando o Espírito de Deus age em nós Ele sempre glorifica a Cristo (Jo 16.14).




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Corpo, Alma e Espírito
A Restauração Integral do Ser Humano
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