Este blog tem o objetivo de fornecer subsídios para o estudo e ensinamento das lições da Escola Bíblica Dominical, como:
Vídeos com o áudio das lições;
Slides para apresentação das lições; e
Arquivos em PDF como material de apoio.
Lição 12 - O caráter missionário da Igreja de Jerusalém - EBD CPAD 2025 3º Trimestre
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
A Igreja de Jerusalém, mesmo enfrentando perseguições, não perdeu sua essência missionária. Os cristãos dispersos pregaram com ousadia em cidades como Antioquia, levando o Evangelho além das fronteiras de Israel. Essa expansão revela uma igreja viva, sensível à direção do Espírito e comprometida com a ordem de Jesus: fazer discípulos de todas as nações. Vamos refletir sobre como a graça de Deus capacita pessoas simples para grandes obras, e, assim como os primeiros crentes, somos chamados a testemunhar com coragem, fé e amor.
TEXTO ÁUREO
“E havia entre
eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia,
falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.”
Faz parte da
missão da Igreja a evangelização de povos não alcançados.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Atos 11.19-30
19- E os que
foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam
até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão
somente aos judeus.
20- E havia
entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em
Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.
21- E a mão do
Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor.
22- E chegou a
fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram
Barnabé até Antioquia,
23- o qual,
quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com
firmeza de coração, permanecessem no Senhor.
24- Porque era
homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao
Senhor.
25- E partiu
Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia.
26- E sucedeu
que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em
Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.
27- Naqueles
dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia.
28- E,
levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que
haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio
César.
29- E os
discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos
irmãos que habitavam na Judeia.
30- O que eles
com efeito fi zeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
iremos abordar a prisão, a condenação, a crucificação, a morte, o sepultamento
e a ressurreição de Jesus. Como o evangelho alcançou Antioquia, uma importante
cidade da Síria dentro do Império Romano? Conhecer esse fato é relevante
porque, pela primeira vez, cristãos de Jerusalém levam a mensagem da cruz aos
gentios fora das fronteiras de Israel. Com o ingresso do Evangelho na cidade de
Antioquia, a igreja dava seu primeiro salto na missão transcultural. Nesta
lição, estudaremos sobre como o “Ide” de Jesus é levado a sério por um grupo de
cristãos refugiados, vítimas da perseguição que sobreviera a Estêvão em
Jerusalém. Esses crentes, mesmo sendo leigos, possuíam uma forte consciência
missionária. E, quando perseguidos, não escondiam sua fé, mas a compartilhavam
apontando sempre para a cruz de Cristo. Esse é um belo exemplo de fé cristã que
deve, não somente nos inspirar, mas, sobretudo, nos levar a agir como eles.
PALAVRA-CHAVE
Missão
I – UMA IGREJA
COM CONSCIÊNCIA MISSIONÁRIA
1. O Evangelho
para além da fronteira de Israel.
Lucas abre essa seção de seu livro fazendo referência aos cristãos, “os que
foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam
até à Fenícia, Chipre e Antioquia” (At 11.19). Observamos que essa passagem
bíblica faz um paralelo com Atos 8.1-4 onde narra o início da perseguição em
Jerusalém que gerou a dispersão cristã. Assim como Filipe, que em razão da
perseguição levou o Evangelho à cidade de Samaria, da mesma forma esses
crentes, que também faziam parte desse grupo de cristãos perseguidos, levaram o
Evangelho para além da fronteira de Israel.
2. Cristãos
dispersados, mas conscientes de sua missão.
Esses cristãos dispersados, após fugirem de uma perseguição feroz, não
esconderam a sua fé. Aonde chegavam, anunciavam a Palavra de Deus (At11.19,20). Foi assim que eles deram testemunho do Evangelho na Fenícia, Chipre
e Antioquia. O que vemos são cristãos conscientes da missão de testemunhar de
sua fé onde quer que estivessem. Eles haviam sido comissionados para isso (Mt28.19; At 1.8). Somente cristãos participantes de uma igreja consciente de sua
tarefa missionária agem dessa forma. Eles não perdem o foco: anunciam o Senhor
Jesus em qualquer tempo, lugar e circunstância.
3. Cristãos
leigos, mas capacitados pelo Espírito.
Lucas destaca que dentre esses cristãos havia “alguns” que levaram o Evangelho
para Antioquia, capital da Síria, uma cidade cosmopolita e uma das três cidades
mais importantes do Império Romano (At 11.20). O texto deixa claro que foram
esses cristãos “comuns” os fundadores da igreja de Antioquia, uma das mais
relevantes e importantes do Novo Testamento (At 13.1-4). Eram cristãos anônimos
e leigos. Eles não são contados entre os apóstolos, diáconos ou presbíteros.
Contudo, eles foram usados por Deus para fundar aquele trabalho e foram
bem-sucedidos porque “a mão do Senhor era com eles” (At 11.21), conforme Lucas
destaca. Esse era o segredo que fez toda a diferença. O que fica em destaque,
portanto, não era o ofício ou o cargo, mas a capacitação do Senhor. Os
apóstolos eram extraordinários e os profetas excepcionais somente porque sobre
eles também estava a mão do Senhor.
SINÓPSE I
A Igreja de
Jerusalém, mesmo dispersada, manteve seu compromisso de anunciar o Evangelho
com ousadia.
II – UMA IGREJA
COM VISÃO TRANSCULTURAL
1. A cultura
grega (helênica).
A Bíblia nos conta que alguns cristãos que tinham sido espalhados pelo mundo
chegaram a “Antioquia, falaram aos gregos (At 11.20). Essa expressão, “falaram
aos gregos”, é muito importante. De acordo com estudiosos, ela explica que esse
foi o primeiro momento em que cristãos judeus falaram de Jesus para pessoas que
não eram judias, adoravam outros deuses e não seguiam o Judaísmo. Isso mostra
que a igreja começou a levar a mensagem de Jesus para além das fronteiras da
Palestina, chegando a um mundo totalmente diferente, onde as pessoas não
conheciam a fé judaica. Ou seja, não eram judeus que falavam grego pregando
para outros judeus da mesma cultura, mas cristãos judeus que falavam grego
levando o Evangelho a pessoas que não tinham nenhuma ligação com o Judaísmo.
Dessa forma, o que Jesus havia ordenado — pregar o Evangelho a “toda criatura”
(Mc 16.15) — começou a se cumprir.
2. Contextualizando a mensagem.
Podemos ver aqui um exemplo de como os primeiros cristãos adaptavam a mensagem
ao contexto em que estavam. Lucas nos conta que eles “anunciavam” o evangelho
do Senhor Jesus” (At 11.20). O texto é curto e direto, mas esses cristãos
estavam pregando para pessoas que não eram judias. Isso significa dizer que
eles não podiam simplesmente usar o Antigo Testamento para provar que Jesus era
o Messias prometido, porque isso não faria sentido para aquele público.
Diferente dos judeus e samaritanos, que já esperavam um Messias (At 2.36; 5.42;
8.5; 9.22), os gentios não tinham essa mesma expectativa. Além disso, esses
cristãos também não mencionam costumes judaicos, como a circuncisão, que
Estêvão citou em seu discurso (At 7.51), porque isso não fazia parte da cultura
dos gentios. Em vez de enfatizar que Jesus era o Messias, eles destacavam que
Ele é o Senhor. Ou seja, estavam dizendo que os pagãos precisavam deixar seus
falsos deuses e se voltar para o único e verdadeiro Senhor (At 14.15;
26.18,20). Dessa forma, sem comprometer a verdade da mensagem, o Evangelho foi
se espalhando e alcançando diferentes culturas.
SINÓPSE II
Cristãos judeus
pregaram aos gentios em Antioquia, contextualizando a mensagem sem perder sua
essência.
III – UMA
IGREJA QUE FORMA DISCÍPULOS
1. A base do
discipulado.
Ao serem informados de que o Evangelho havia chegado a Antioquia (At 11.22), a
partir de Jerusalém, os apóstolos enviaram Barnabé para lá. Chegando ali,
Barnabé viu uma igreja viva e cheia da graça de Deus (At 11.23). Como um homem
de bem e cheio do Espírito Santo, Barnabé os encorajou na fé (At 11.24).
Contudo, logo se percebeu que aquela igreja precisava de mais instrução, ou
seja, precisava ser discipulada. Com esse propósito, Barnabé foi em busca de
Saulo para que o auxiliasse nesta missão. E assim foi feito: “E sucedeu que
todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente” (At 11.26).
Esse episódio nos mostra que não basta ganhar almas, é preciso ensiná-las. Sem
o ensino, a igreja não cresce em graça e conhecimento. O crescimento saudável
só é possível por meio da obra da evangelização e do discipulado.
2. Denominados
de “cristãos”.
Os cristãos de Jerusalém haviam sido chamados na igreja de “irmãos” (At 1.16);
“crentes” (At 2.44); “discípulos” (At 6.1) e “santos” (At 9.13). Também
passaram a ser identificados tanto pelos de dentro da igreja como pelos de fora
dela como aqueles que eram do “caminho “(At 9.2; 19.9,23; 22.4; 24.14,22).
Agora em Antioquia são chamados de “cristãos” (At 11.26). O termo “cristãos”
tem o sentido de “pessoas de Cristo”.
3. A identidade
cristã.
O que realmente define um cristão não é apenas um nome ou um rótulo, mas sim
sua vida, sua fé e suas atitudes. Embora alguns estudiosos acreditem que o
termo “cristão” tenha sido usado em Antioquia como uma forma de zombaria, a
verdade é que aqueles seguidores de Jesus demonstravam um grande entusiasmo e
dedicação, assim como os primeiros crentes que vieram da igreja de Jerusalém
para pregar naquela cidade.
O nome
“cristão” aparece novamente na Bíblia em Atos 26.28 e 1 Pedro 4.16. Segundo a
Bíblia, ser cristão significa crer em Jesus, abandonar o pecado e receber a
salvação como um presente de Deus, dado pela sua graça.
SINÓPSE III
A Igreja
investiu no ensino e discipulado, consolidando a fé e a identidade cristã dos
novos convertidos.
CONCLUSÃO
Aprendemos como
a providência de Deus faz com que o Evangelho chegue, por meio da Igreja, a
povos ainda não alcançados. O que se destaca não é uma metodologia sofisticada
de evangelismo, mas a graça de Deus, que capacita pessoas simples e anônimas a
realizarem a sua obra. Quem deseja fazer, Deus capacita. Ninguém jamais terá
tudo de que precisa para cumprir a obra de Deus; no entanto, se Deus tiver tudo
de nós, Ele nos habilitará a realizá-la.
Nesta lição, estudaremos a vida e o testemunho de Estêvão, um homem cheio de fé, de sabedoria e do Espírito Santo. Ele enfrentou oposição, falsas acusações e, por fim, o martírio, mas permaneceu firme na fé e na defesa do Evangelho. Sua história nos ensina que a Igreja, ao cumprir sua missão, inevitavelmente enfrentará perseguições e desafios. No entanto, assim como Estêvão contemplou a glória de Deus mesmo em meio à adversidade, somos chamados a confiar plenamente no Senhor e a perseverar até o fim. Que esta lição fortaleça nossa fé e nos inspire a ser testemunhas fiéis de Cristo, independentemente das circunstâncias. TEXTO ÁUREO "Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus.” ( At 7.55 ) VERDADE PRÁTICA A igreja foi capacitada por Deus para enfrentar um mundo que é hostil à sua fé e valores. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Atos 6.8-15; 7.54-60 Atos 6 8- E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prod...
Esta lição sublinha a importância da oração de Jesus, que manifesta o amor e o cuidado que Cristo tem por nós. Assim, o capítulo 17 é uma das partes mais notáveis do Evangelho, pois nos oferece a oportunidade de escutar Jesus dirigir-se ao Pai em prol dos seus discípulos. Para aprofundar esse entendimento desse Evangelho, a lição está organizada da seguinte maneira: 1) a oração de Jesus pela sua glorificação, que se refere à sua missão redentora; 2) a oração pelos discípulos para que sejam protegidos e santificados; 3) e a oração por aqueles que futuramente creriam, evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre o Reino de Deus. TEXTO ÁUREO “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” ( Jo 17.3 ) VERDADE PRÁTICA A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE João 17.1-3,11-17 1 - E1 - Jesus falou essas coisa...
Neste trimestre, estudaremos a Igreja de Jerusalém conforme apresentada em Atos dos Apóstolos. Dentre muitos tópicos, veremos como essa igreja se formou, viveu e expandiu o Evangelho para fora da Judeia. Nesta primeira lição, estudaremos como a Igreja nasceu - de Jerusalém para o mundo - como uma igreja pentecostal. Para tratar desses assuntos, contaremos com o pastor José Gonçalves, líder da Assembleia de Deus em Água Branca (PI), mestre em Teologia, graduado em Filosofia, escritor de diversas obras editadas pela CPAD e membro da Comissão de Apologética da CGADB. TEXTO ÁUREO “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” ( At 2.42 ). VERDADE PRÁTICA A Igreja de Jerusalém, como igreja-mãe, tornou-se exemplo para as demais. Um modelo a ser seguido por todas as igrejas verdadeiramente bíblicas. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Atos 2.37-47. 37 - Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolo...